Grupo de Pesquisa

Sou aluna de Mestrado em Educação, na linha de Educação, Comunicação e Tecnologia, tendo como orientadora a Dra. Ademilde Silveira Sartori. 

Fizemos parte do Grupo de Pesquisa EDUCOM FLORIPA - Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). 

 

 

Drª Ademilde Silveira Sartori

Licenciada em Fisica pela Universidade Federal de Santa Catarina, recebeu bolsa da CAPES para formar-se mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina, durante o mestrado realizou estágio no Exploratorium Museum, Califórnia - EUA, especialista em Gestão da Educação a Distância pela Universidade Federal de Juiz de Fora, doutorou-se em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo, fez estágio pós-doutoral na Universidade Complutense de Madri, Espanha. Atualmente coordena o Laboratório de Mídias de Práticas Educativas - LAMPE/FAED/UDESC e coordena o GP Comunicação e Educação, da INTERCOM. Tem experiência na área de Educação e Comunicação, com ênfase em tecnologia educacional e formação de professores, atuando principalmente nos seguintes temas: comunicação e educação, tecnologia educacional, educação a distância.
 
 
 
 
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Esp. Simone De Bona Porton
 
Formada no Curso de Pedagogia com habilitação em Séries Inicias pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Possui Complementação de Estudo em Arte e Educação pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). É Especialista em Metodologia da Prática Interdisciplinar do Ensino pela Faculdade de Capivari (FUCAP). Atualmente é mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) na linha Educação Comunicação Tecnologia. Esta linha investiga as interfaces existentes entre educação, comunicação e tecnologia, com ênfase no estudo, desenvolvimento e avaliação de abordagens inovadoras. Tem seu foco nas reflexões sobre os paradigmas educacionais que embasam propostas pedagógicas desenvolvidas em cenários de educação formal, não-formal, presencial, semipresencial, a distância, inicial e contínua.
 
 
 
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MSc. Patricia Justo Moreira
 
É doutoranda em Educação pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Atuou como pesquisadora Educacional pela Fundação CERTI/UFSC em Projeto de Desenvolvimento de Programa de Ensino Inovador para a Sustentabilidade. Possui mestrado em Educação pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2010) na linha Educação, Comunicação e Tecnologia e é Pedagoga pela mesma instituição (2007). Atuou como integrante da equipe de formação de professores e tutoria on-line no Programa UCA-SC (LANTEC/UFSC/MEC) de 2010 até final de 2012. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Comunicação e Tecnologias e ministrou por duas vezes disciplina de Tecnologia Aplicada na Educação: ludicidade e aprendizagem em curso de Pós-Graduação/ Especialização da Universidade Estácio de Sá em parceria com a Master Educação. Em 2010 atuou como pesquisadora pela CERTI/UFSC/MEC no projeto do Portal do Aluno. Integra o grupo de pesquisa Educação, Comunicação, e Tecnologia, é membro da Associação Brasileira de educomunicação e do Laboratório de mídias e pesquisas educacionais (LAMPE) sob coordenação da Dra. Ademilde Sartori.
 
 
 
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MSc. Kamila Regina de Souza 

Doutoranda em Educação (2013/2), Linha de pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologia, da Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC. Mestra em Educação (2013/1) pela mesma universidade e linha de pesquisa. Graduada em Pedagogia pelo Centro Universitário Municipal de São José/USJ (2010). Integra o grupo de pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologia/Educom Floripa (CNPq/UDESC). É sócia daAssociação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação (ABPEducom), compondo a equipe da Direção de Comunicação. Possui habilitação em Educação Infantil, Anos Iniciais e Educação de Jovens e Adultos. Foi professora da disciplina de Educomunicação do Ensino Fundamental II, no Centro Social Marista de São José/SC. Atuou como Tutora de Moodle do Curso Técnico em Informática para Internet, na modalidade a distância, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - IF-SC, âmbito do Programa Escola Técnica Aberta do Brasil (e-Tec Brasil). Atuou também como professora de Apoio Pedagógico de crianças e adolescentes em instituição socioeducativa, localizada em Florianópolis/SC. Tem atuado como pesquisadora principalmente dos seguintes temas: educação. educomunicação. ecossistemas comunicativos. educação infantil. desenho animado. mídias. 
 

 

 

 

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Roberta Cavalcante de França

Roberta Cavalcante de França é graduada em Jornalismo pela Faculdade Iintegrada do Ceará (2008), onde teve sua pesquisa baseada num estudo de caso desenvolvendo a metodologia da Educomunicação numa escola pública na periferia de Fortaleza - SESC Barra do Ceará. A pesquisadora também foi educadora popular na ONG Instituto de Juventude Contemporânea (IJC), onde atuou também como assessora de comunicação. Seu interesse é pesquisar as práticas pedagógicas que envolvem a comunicação nos processos de leitura crítica da mídia, apropriação dos meios de comunicação e suas linguagens, bem como também a produção de conteúdo, através de temáticas que envolvem os direitos humanos, como o direito à comunicação. Roberta França também foi educadora do projeto Entrelace - Laboratórios de Comunicação Escolar, da Associação Encine. Hoje, é especialista em Teoria da Comunicação e da Imagem, pela Universidade Federal do Ceará e mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), turma 2013.2, linha Comunicação, Educação e Tecnologias.

 

  

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Fernanda de Sales

Possui graduação em Biblioteconomia pela Universidade do Estado de Santa Catarina (1998) e mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (2004). É professora assistente da Universidade do Estado de Santa Catarina, lotada no Departamento de Biblioteconomia e Gestão da Informação - DBI. Ministra disciplinas no curso de graduação em Biblioteconomia - Habilitação em Gestão da Informação. Membro do GPINFO - Grupo de Pesquisa em Informação. Linha de Pesquisa Informação, Sociedade e Memória. Membro do Grupo de Pesquisa Educomunicação Floripa. Especial Interesse em pesquisas sobre música como fontes de informação. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da UDESC (Linha de Pesquisa: Educação, Comunicação e Tecnologia).

 

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Eni Maria Ranzan

Possui graduação em Comunicação Social - Relações Públicas (UCS - 1985), Especialização em Gestão Empresarial (UNIPLAC/UNISUL - 2001) e Mestrado em Educação (UNIVALI - 2006). Atuação em veículos de comunicação, com coordenação de eventos, produção de programas televisivos e implementação da Fundação do Grupo; atuação na UNIVALI, como docente (graduação e pós-graduação), criação e coordenação de Laboratório de Eventos, orientações de iniciação científica e monografias; atuação no Instituto Federal de Santa Catarina - Campus Florianopolis Continente (atual), como docente de eventos, integrante do Grupo de Pesquisa Turismo e Hospitalidade, Coordenação de Extensão e da Comissão de Eventos. Pesquisa nas áreas de sustentabilidade em eventos, produção e disseminação do conhecimento, utilização de Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação.

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Fabio Oscar Lima

Natural da cidade do Rio de Janeiro-RJ, mora em Florianópolis desde 1996. É bacharel e licenciado em História (UFSC), especialista em Gestão Educacional pela Faculdade Dom Bosco-PR e atualmente faz o curso de mestrado em Educação na linha de Educação, Comunicação e Tecnologia UDESC. Integrante do laboratório Ibero-americano de Educomunicação; Educom Floripa e a partir de 2014, é professor de Educomunicação do Colégio Marista em São José/SC.

Possui 12 anos de experiência como professor na Educação Básica em CABO FRIO na Região dos Lagos-RJ e na Grande Florianópolis. É autor do Livro "Educação & Inovação - desafios para o mundo contemporâneo" e também atua como palestrante nas áreas de Educação, Gestão e Liderança.

 

 

 

 

Nossos usuários

Este site é recomendado aos pesquisadores, professores, alunos que tenham interesse em conhecer um pouco mais sobre o novo campo chamado EDUCOMUNICAÇÃO.

 

História do projeto

Diante do cenário global da atual sociedade é possível pensarmos em uma inovação na prática educativa que esteja relacionada diretamente com a área da comunicação. Sabe-se que a comunicação é fundamental para estabelecer relações, a mesma é indissociável ao processo educacional e é através dela que o sujeito cria relações com o outro transmitindo seus pensamentos e ideias.

Em seus escritos Kaplún (1999, p. 74) adverte:

Educar-se é envolver-se em um processo de múltiplos fluxos comunicativos. O sistema será tanto mais educativo quanto mais rica for a trama de interações comunicacionais, que saiba abrir e por à disposição dos educandos. Uma comunicação educativa concebida a partir dessa matriz pedagógica teria como uma de suas funções capitais a provisão de estratégias, meios e métodos destinados a promover o desenvolvimento da competência comunicativa dos sujeitos educandos. Esse desenvolvimento supõe a geração de vias horizontais de interlocução.

Educar com a invasão dos diversos aparatos tecnológicos no espaço escolar está sendo um grande desafio na atualidade, as crianças e os jovens estão inseridos em um processo de mudança cultural em virtude dos avanços tecnológicos. Estamos lidando com a era da informação em que os estudantes são cercados de todos os lados com novas tecnologias, que inclui as mídias sociais, jogos, diferentes softwares e uma infinidade de recursos na área da comunicação.

            A internet e outros dispositivos tecnológicos estão no ápice das novas tecnologias, sendo dispositivos que contribuem de forma interativa e mediadora na prática educomunicativa escolar. Assim, o papel do professor na contemporaneidade, não é transferir conhecimentos, mais sim buscar novas formas de intervenções no ensino, criando problematizações que levem os sujeitos a refletirem de forma crítica as situações do cotidiano.

            De acordo com Freire (1985, p. 81):

A tarefa do educador, então, é a de problematizar aos educandos o conteúdo que os mediatiza, e não a de dissertar sobre ele,  de dá-lo, de estendê-lo, de entregá-lo, como se tratasse de algo já feito, elaborado, acabado, terminado. Neste ato de  problematizar os educandos, ele se encontra igualmente problematizado.

            As tecnologias podem ser pensadas para ser um instrumento a favor de um projeto educativo dialógico, por isso a prática educomunicativa implementada com essa pesquisa se preocupa primordialmente com a relação de comunicação estabelecidos por eles entre os sujeitos para criar ecossistemas comunicativos.

 

Segundo afirma Soares (2009, p.1): Tomando a ideia proveniente do esforço que vem sendo feito, hoje em dia, para manter uma relação equilibrada entre o homem e a natureza, a Educomunicação entende ser necessário a criação de "ecossistemas comunicativos" nos espaços educativos, que cuide da saúde e do bom fluxo das relações entre as pessoas e os grupos humanos, bem como do acesso de todos ao uso adequado das tecnologias da informação.[1]

 

            Em 2010 cursei a disciplina de Educação e Comunicação ministrada pela professora Dra. Ademilde Silveira Sartori como Aluna Especial do Curso de Mestrado em Educação e foi nesta disciplina que ouvi pela primeira vez o termo Educomunicação[2]. Reportando ao passado na época em que fiz magistério, as relações entre Educação e Comunicação me instigavam principalmente no que tange às práticas educativas que envolvem os meios de comunicação. A discussão sobre Educomunicação despertou o interesse em buscar conhecimento em base científica para sair do senso comum, pois a principio parece ser um tema de fácil compreensão que consiste na união entre educação e comunicação. Portanto é preciso ir muito além e analisando os escritos de Mario Kaplún, Jesús Martín-Barbero, Paulo Freire Ismar Soares (considerado o precursor da Educomunicação no Brasil) e Ademilde Sartori, descubro que a questão é ampla e complexa.

            Sentimos a necessidade de buscar produções científicas já realizadas na área educomunicação com intenção de identificar o que tem sido estudado e produzido em relação ao tema nos últimos anos. Para isso, foi realizado um levantamento do estado da arte relacionando as pesquisas acadêmicas que abordam o tema “Rádio Escola” direcionando para a construção de práticas educomunicativa.

A análise documental foi feita a partir do banco de teses e dissertações da CAPES entre os anos de 2005 a 2012. Os dados obtidos nos mostraram a necessidade de ressaltar que estudos sobre rádio e educação não são ideias, em si, inovadoras, encontramos sobre o tema proposto algumas experiências semelhantes, porém as mesmas discutem apenas a inserção da educomunicação no espaço escolar. Desta forma, através do estado da arte, constatou-se que não discutem o conceito de ecossistema comunicativo.

                De acordo com Soares (1999, p.9) um ecossistema educomunicativo é um conjunto das ações que caracterizam determinado tipo de ação comunicacional. Este conjunto de ações voltado para a comunicação pode ser criado pela família, pela comunidade educativa ou até mesmo por uma emissora de rádio, onde os indivíduos atuam, simultaneamente, em distintos ecossistemas comunicacionais, uns exercendo influência sobre os outros.

A análise documental mostrou que durante sete anos foram desenvolvidas 12 teses e 70 dissertações, resultando num total de 82 produções científicas. 

A partir da aproximação do campo da Educação e da Comunicação como área de estudo, optamos por realizar uma pesquisa que possibilite construir ecossistemas comunicativos no campo educacional. Partindo do resultado do estado de arte sobre educomunicação surge a seguinte problemática: Como construir ecossistemas comunicativos no espaço escolar através da linguagem radiofônica?

 Visto que a implantação da rádio escola é recente nas escolas da região sul, acredita-se que esta pesquisa traz contribuições que servirão de subsídios sobre como utilizar a linguagem radiofônica no desenvolvimento de atividades escolares, visando que o aluno seja produtor de ideias, isto é, um construtor de significados e não apenas um decodificador de mensagens, pois segundo Freire (1985) a educação não pode ser apenas repasse de conteúdos com o qual o aluno recebe as informações de forma passiva sem direito a sua palavra. Freire considerou este tipo de educação ultrapassada e a denominou de educação bancária (informações depositadas no aluno). Para o autor a mensagem não pode ser transmitida para o receptor sem a possibilidade de diálogo. Neste sentido usamos o conceito de Comunicação baseado em Paulo Freire e Káplun para a construção de ecossistemas comunicativos onde professores e alunos assumem o papel de comunicadores, invertendo a situação atual.

 

 



[1]              Disponível em: <https://www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/28.pdf> Acesso dia 27 de outubro de 2013.

[2]              Educomunicação - Termo criado por Ismar Soares para designar a prática de intervenção social resultante das inter-relações entre a comunicação e a educação.